sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

CAMARÁ

(Uma cidade destruida pelas águas de uma barragem feito pelo governo da Paraiba)

O remo não rema no rio
Só a lágrima no desvario.
O rio no meio fio
Leva os sem sono.
A lágrima sem desafio
Nas águas do abandono.
O remo não rema no rio
Perdido me acho
A morte, a vida a fio
Lágrima vira riacho.
Pelos mortos o frio geme
Justiça, impunidade não teme.
O remo não rema no rio
O medo no desvario...
(Chicoberg,do livro:" O cio da flor"/2004)

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