sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

ENCRUZILHADA

Canto de amor a todo custo
Pelas vielas do mundo
Submundo e susto
Represado, fudido
Trancado e sem janelas
Esparrelas no ido
Pranto que contive.
Canto de amor
Tranco de encruzilhada
De quem vive
Como cerca em riacho
Onde a miséria e seu grito
Rasgando infinito
Desce de goela abaixo
E só o medo convive...
(Chicoberg, do livro:" Mãos"/2004)

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