segunda-feira, 17 de setembro de 2007

ACIDENTADOS DO TRABALHO

Coxos, uns nos chamam
Outro, de pernetas.
E ninguém se atreve a ver-nos
Como vítimas do capital
Que gira o mundo como uma roleta
Castrando-nos o ideal como peças obsoletas.
Coxos, uns nos chamam
Outros de pernetas.
E se tornou até normal
Ninguém se atrever a ver-nos
Como vítimas do capital
Que nos decepa e esmaga
A alegria da família no planeta.
E muitos são amigos do algoz
Se mascaram com a nossa voz
Só para mamarem nas tetas.
E coxos uns nos chamam
Outros de pernetas.
Mas ninguém se atreve a ver-nos
Como vítimas do capital
Que por bem ou por mal
Gira o mundo como uma roleta....
(Do livro:"Mundos e poemas imundos"/1991)

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