domingo, 2 de setembro de 2007

ADIADO GOZO

Rumina-me o desalento
Feito canto ao vento
Desarrumando
Flôres e ornamento
Sem o credo do tempo
Marca- passo, contratempo
Destruindo monumento.
Rosna atento
Adiado gozo de seu invento.
E por cima de ideologia
Filosofia ou alento
Sobrevive a mente vã.
Agoniza sonho
Sem que mover posso
O leme, desse guardado amor
Que treme, feito fosso
A derramar-se em pranto e riso
Num perdido paraiso
Do amanhã.

Nenhum comentário: