domingo, 2 de setembro de 2007

CORAÇÃO SEM COR

Pinta
Essa alma
De azeviche.
Tinta
Essa calma
De piche.
De breu brinda
E branda a noite
No acoite
Do afoite adiado.
Todo cuidado
Com o bicho solto
Um bicho no lixo
No luxo envolto.
Tudo pode pintar
Nesse olhar.
Há um sismo
Num abismo
Um cínismo
No racismo
A velar.
O branco é preto
O preto é branco
O medo, a ânsia
Não estanco....

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