sábado, 1 de setembro de 2007

LÌNGUA SOLTA

A faca fere fundo
O grito corre mundo
Escorre sangue, escoa.
Calcando o chão do cotidiano
E as estrelas dentro da lagoa.
Da gruta gritam gemidos
Ferem o mundo
No coração dos desvalidos.
Ainda há guerra pelo pão
Ainda há mão pedinte
Ainda há boca dizendo não
A paz do dia seguinte.
A faca fere fundo
E mais profundo, a omissão.
Num gesto imundo
Acobertando do submundo
A causa da aflição!...

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