segunda-feira, 10 de setembro de 2007

BRASAS

Brasas acesas
Queimam-me o sono.
E na mesa
Se derramam
Incertezas
Dando calor
Feito o dono
Do amor.
E lá fora
Só a escuridão
Aqui dentro
A solidão
A queimar-nos de frio.
Só o estalar
De brasa
No silencio a falar
E nos abrasa
Sombrio.
Lá fora
Tanto calor
Aqui dentro
Agora frio.
Livre o vento
Nas asas
Sem o desamar
Ao cós.
E só as brasas
Apagando-se
Em nós.
( Do livro: "Poemas na contramão"/2006)

Nenhum comentário: