terça-feira, 4 de setembro de 2007

BARRA

A aurora
Não sabe esperar.
E se cruza na barra
E se esbarra na noite
Na sombra do amoite
Até o dia raiar.
E se posta na agonia
pinga fora à revelia
Pela sombra do dia
Se nega desvendar.
Feito peito raso
No ensejo de um vaso
Camuflando ocaso
Que nem quer vazar.
Nem sabe,
O amor vem no vento de sofejo
Se nos gabe em beijo
Põe o cio na pele e no osso
Se não vejo, senti-lo posso
Sem essa água de fosso
Sem essa mágoa de poço.
Sem acaso
Pega fogo a barra
E esparra no viver.
A aurora não sabe
Me amanhecer...

Nenhum comentário: