sábado, 8 de setembro de 2007

IMUNDÍCIE

O mundo rola
Mescla ilusão.
Abre janela
Rasga o chão.
Sem espera, arrola
Rega favelas
Coíbe flores
Fermenta omissão.
E o mundo esfola
No azedume
Escola prolifera
Indica contramão.
Mundo de todo mundo
E nem todos têm segundo
Se não de exaustão.
E a todos estirpa esperança
Mundão sem cancela
Onde tutela nem pouco alcança.
E finge auto-escola
Nos amola, depois nos atropela
E no descrédito nos lança.
Mundo,imundo,mundo
No desamor cada vez profundo.
Mundo,mundo sem dono
A lançar criança nos abandono.
( Do livro: " de palavra em palavra"/1987)

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