segunda-feira, 10 de setembro de 2007

ALAVANCA

A dor
não estanca.
Tem na canção
A força da alavanca.
E por mais que o desatino
Espanca
Se debela e atropela
O que banca.
A lágrima
Surta correnteza
Na estranheza
Do que tranca
Vira certeza
Raíz
Que não arranca.
A dor
Não estanca
Gera liberdade
E não retranca
Vontade
Mesmo manca
A seguir atino nas ancas
Do mundo, submundo
Que se estravanca...
(Do livro: "Greve: A voz do poema"/1987)

Nenhum comentário: