segunda-feira, 20 de agosto de 2007

CONFRONTO

Somos a precisão e o sustento
Num sonho de um pássaro
Que alto voa.
E por cima de colina e abismo
O mesmo pesadelo sobrevoa.
Você, o par que faltava
Eu, o número ímpar que se completa.
Nos teus seios me abstraio
Para não morrer de sede.
Voce se agarra na minha fantasia
Para não morrer de fome.
Há enganos e cautela
Agonia sem nome que nos desmantela
Na cabeça do mundo e seus cabelos
Deixam-me emaranhado
E sem saber como detê-los.
Na mesa somos vários
Um pesdindo outro negando.
Na cama somos dois num só
S e oferecendo e se doando.
No amanhecer somos múmias
A divertí-se com a precisão alheia.
De dia, o desencontro, o confronto
À noite nosso corpo,nossa ceia.
Tenho a convicção e voce a dúvida
No sufoco,apego-me a verdade que ainda vive
Voce oprime, comete crime que convive.
Há um abismo e uma ponte
Entre nossa vida e a traversia olvida.
Há o pesdelo e o medo pairado em nós
Se fazendo corpo e se fazendo voz.

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