quinta-feira, 16 de agosto de 2007

RECADO

Em qualquer canto da cidade
Em qualquer momento
O peito marginal pode explodir.
E o lixo de vida que nos encobre
Nos coíbe
Nos dilacera em mágoa.
E amantes seremos por resistir
Até a última gota dágua.
Em qualquer canto da cidade
O peito marginal pode explodir
E amantes dos amores proibidos
Plantados em qualquer canto
Viveremos a liberdade
Em qualquer momento.
E não negaremos por negar
À revelia dos que nos perseguem
A bala de vento, cria-nos rebento
Elimina o medo do olhar nas sombras
E nos assombra menos a guerra
Que a tua paz.
Em qualquer momento
Em quaquer canto da cidade
O peito marginal pode explodir.

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