Os urubus Inundam o oceano Das nuvens. Trafegam canção Traficante de incertezas E treva imposta. E, abrindo o ventre Das incautas correntezas Sem diálogo serve o medo Na mesa posta.
O poeta Chico Berg projeta sua alma no universo do cotidiano popular pela extensão do imenso significado cultural. Exalta assim o mundo num canto visceralmente coletivo.
Numa poesia profundamente identificada com a realidade social e sua função, em que, asa e vôo se fundem no imaginário vento e suas reais tempestades benfazejas.
Mar de palavras e temas instigantes fazem do sonhar mais que uma aventura, uma missão para todo ser humano.
Valeu essa lição!
(Lúcio Lins, 1997).
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