terça-feira, 14 de agosto de 2007

PÓ NO POEMA

Não tenho mais intestino
Para enguli sapo
Para trafegar na mentira
Navegar na adversidade e na ira.
Tenho uma vida
E vou ve3r se dela escapo...

Não tenho mais fôlego
Para correr,correr sem chegada
Para esperar do inacreditado
Não tenho mais ombro a ombro, lado a lado.
Tenho uma vida
Que indigesta trânsito na parada.

Não tenho mais corpo
Para aguentar flagelo e cicatrizes
Para descaminhar sem desmantelo
E seguir diretrizes
Para descarar certeza em cacos.
Tenho uma vida
Que concebe ideologia e idolatria
Farinha do mesmo saco...

Nenhum comentário: