sábado, 25 de agosto de 2007

SONHO

O sonho
Que me cabe
Não me cabe no sonho.
Vejo-me abonar-se
Acho-me medonho
No que gabe
E só meu sonho
Nada sabe.
Somos margem, guarida
Somos imagem, vida
Miragem, engrenagem
Renhida...
Almas que se esgarçam
Se traspassam, se perpassam
E esvoaçam
Em si.
Somos rios em desafios
Delírios, desvarios.
Somos desvios, invios
Do desejo febril
Que ri...
Não me cabe
O sonho
Que me cabe
De tão medonho
Ninguém sabe.

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