sexta-feira, 31 de agosto de 2007

INDIGNAÇÃO

Que querem, soldados
Se guardiões não podem ser?
Se pisam nas flores
Que jazem a florescer.
Que guardas, soldados
Senão essa fome de morrer?
Almas muitas de inconfusas vozes
Rompendo os grilhões algozes
Ressoam feito navalha.
Que temem, soldados?
Se no campo de batalha
Incomodam-te atos e gestos
Por que intimidam os protestos
Que também são teus?
Triste pátria amada
Que guarda a guarda armada
Contra os filhos seus...
(Do livro: "Berro do submundo"/1992)

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