sábado, 25 de agosto de 2007

VELÓRIO DO RIO

O rio
A vela
O morto
Entrelaçam-se sem sentido.
A vida
O barco
O leme
Passam despercebidos.
O rio e o leme
O morto e a vida
Perpassam o que teme.
A vela e o barco
Têm destino num só sentido.
Pela memória pervagando
O pranto sem acinte
A esquecer o pavio da noite
Que acende o dia seguinte.
Na vontade do açoite
O rio vela o morto
A vida
O barco
O leme
E todo sentido é torto...

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