sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A PAZ DO MUNDO

O mundo é uma fera
Correndo atrás da esfera
Que se denomina Paz.
E como não se satisfaz
Nem se autodomina
Mostra-se assaz
Inventando nova era.
Na guerra cotidiana subjaz
Se extermina sob farsa mordaz
Engole gerações a gerações
Em cada esquina.
A paz é essa esfera
Que a vida abomina
Quando não se degenera
Se autodetermina.
Não a vive nem prospera
Finge-se neblina
Acossada no abismo que gera.
Se digere, contesta e indisciplina
A fera não se compraz
Com outra fera.
Incurso vomita o que lhe apraz
Grita e vocifera.
Age e nega a todos que a pondera
E a torna incapaz
Ao que delibera e alcança
A paz gira a esperança
E o mundo gera a espera...

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