segunda-feira, 13 de agosto de 2007

PARAÍBA NOSSA DE TODOS OS ENGANOS

É assim que vejo a Paraíba
Crianças famintas, sem escola
Bebendo a esperança da mata Atlâtica.
Adultos desempregados
Desesperados como caranguejos de andada.
Favelas crescentes
Acomodando o brejo e o sertão
Todos com o coração em flagelo
Se apoiando no rio jaguaribe poluido
Que costura a seca dos políticos
Inescrupulosos.
É assim que vejo a Paraíba:
Com a fome escalando a serra
Da borborema.
E o canal da redenção pintando
Com a cor da mentira
A esperança do povo.
E no rio de sede boiam os peixes
Em me deixes que não caem do céu
Como gado que jaz em paz.
É assim que vejo a Paraíba
E nada é novo.

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